segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sala de aula não é igreja, "birô" de professor não é altar

José Luciano de Queiroz Aires[1]

Aprendemos com o antropólogo Clifford Geertz a prestar mais atenção a hermenêutica das práticas culturais e as simbologias constituintes. Isso não quer dizer que vou procurar interpretar brigas de galos, nem massacres de gatos. Os atores desse teatro são outros. Mas também brigam entre si, em rinhas diferentes, evidentemente. O palco são as escolas públicas estaduais de Campina Grande, lugares de encenação menos violenta, pelo menos fisicamente, de que a matança de gatos estudada por Robert Darnton, mas nem por isso deixa de evidenciar uma violência simbólica, nos termos do sociólogo francês Pierre Bourdieu.

Os símbolos aqui interpretados são as iconografias de santos e santas católicas, a Bíblia sagrada e rituais de religiosidades praticados em escolas públicas ou em igrejas, com a presença de gestores, professores e alunos. Que significados se inscrevem nessa simbologia e quais suas relações com as escolas? Esse texto, porém, não tem a pretensão de aprofundar nas respostas, se propõe, muito mais a levantar questões. Não esperem uma narrativa historiográfica produto de uma operação densa, com recortes específicos e dimensão empírica sofisticada. Essas linhas são recortes de memórias das observações em campo de estágio supervisionado, acompanhando graduandos em História da UEPB em algumas escolas estaduais de Campina Grande. Comecemos teoricamente.

Segundo o historiador Jacques Le Goff “O Judaísmo e o Cristianismo são religiões da recordação de modo que o livro sagrado e a tradição histórica insistem na necessidade da lembrança como tarefa religiosa fundamental”. (p. 444) Ele assinala que o ato de rememorar, não pode ser entendido senão como uma prática de cunho também pedagógico. No antigo Testamento, o Deuteronômio, apela para o dever da recordação, no que segundo Le Goff, coloca os judeus como “o povo da memória por excelência.”. (p.444). No Novo Testamento, a redenção será na lembrança de Jesus. No cotidiano, as pessoas são chamadas a viver na memória das palavras de Jesus. Aí reside o sentido pedagógico mnemônico, lembrar o passado e tomá-lo como exemplo de vida a ser seguido. O ensino cristão apresenta-se como a memória de Jesus transmitido pelos apóstolos, seus sucessores. Ainda de acordo com Le Goff: “O ensino Cristão é memória, o culto cristão é comemoração.” (p.445)

Recordar Moisés, Jesus, Pedro, Paulo, Maria e tantos outros, é parte da retórica do ensino religioso. Realizar novenário, celebrações ou qualquer tipologia de culto, faz parte das comemorações que são lugares de memória, na acepção de Pierre Nora. Lugares que se encarregam de lembrar por algo que já se foi, mas parece atemporal em função do processo repetitivo que traz o passado sempre presente, como sendo a essência da escatologia que trará a felicidade humana no mundo sublunar.

São lugares de memória as esculturas de Nossa Senhora, a Bíblia e as celebrações que se realizam nas escolas. Porém, não são inocentes, pelo contrário, representam a moral cristã, simbolizam os valores do ocidente medieval e objetivam legitimidade cristocêntrica. Lidos numa perspectiva pós-crítica de currículo, constroem identidades e formam subjetividades. Como nos lembra Tomaz Tadeu da Silva, pensar a questão curricular nos remete imediatamente para uma pergunta básica: O que ensinar? Esta, por sua vez, está intrinsecamente envolvida em outra também importantíssima: Que cidadão formar, que consciência e que sujeito quero construir?

Acompanho Popkewitz na definição de currículo, na qual

(...) o currículo é uma imposição do conhecimento do “eu” e do mundo que propicia ordem e disciplina aos indivíduos. A imposição não é feita através da força bruta, mas através da inscrição de sistemas simbólicos de acordo com os quais a pessoa deve interpretar e organizar o mundo e nele agir. (apud STEPHANOU, 1998, p. 23)

No mesmo artigo, Maria Stephanou cita outro teórico de currículo, Cherryholmes, se apropriando também de sua conceituação. Para ele, o currículo é tudo que proporcione aprendizado aos alunos nas escolas, explicitamente ou ocultamente, assim como, com as exclusões, com os silenciamentos que nem por isso deixa de formar certas visões de mundo.

Fundamentado nesse aparato conceitual, convido vocês a um passeio pelos rastros de minhas memórias e das anotações dos meus cadernos de campo no que vou chamar de etnografia do estágio. Não vou destacar os conteúdos propriamente ditos, prefiro olhar outras práticas da cultura escolar que, ao meu ver, precisam ser compreendidas relacionadas às relações de poderes.

A LDB (1996), no TÍTULO II- Dos princípios e Fins da Educação Nacional, define onze princípios que deverão reger o ensino público. Entre esses, o “III- pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas’; e o “IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância”. (LDB, p. 14).

A legislação educacional, que deverá ser leitura obrigatória na formação dos cursos de licenciatura, está embasada no debate sobre diversidade cultural. Aliás, desde 1968, a tônica das diferenças e as lutas de movimentos sociais diversos têm ocupado espaço relevante nos debates acadêmicos, nas ONGs e até na mídia (embora muitas vezes equivocado). Os profissionais de História precisam, tanto na Educação Básica como nas Universidades, levar mais a sério essas questões, trabalharem na perspectiva das identidades e alteridades como construções contingentes, sem essencialismos ou naturalização de valores que são culturais, portanto, humanos. Retornando ao título do artigo, precisam olhar a escola como espaço das diversidades, por isso, não deveriam fazer delas mais um templo sagrado que legitima o cristianismo deslegitimando outras crenças e até a falta de crenças. Aulas de História não deveriam ser uma espécie de retomada dos sermões jesuíticos nem lugar para evangelização. Se assim for, os profissionais vão na contramão da LDB, da Constituição Federal, e mais importante ainda, dos fundamentos teórico-historiográficos de sua própria formação. Ou seja, lêem na academia para justamente fazer contrário nas práticas pedagógicas (inclusive nas academias, que é muito pior ainda).

No dia 10 de setembro de 2007, observando a aula do estagiário Joiran, em uma turma de 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual da Prata, quando o aluno propunha uma discussão sobre identidades locais e se reportou aos estereótipos da baianidade, uma aluna fez uma intervenção e afirmou: “Axé é macumba”. Outras aulas sobre a escravidão, quando estagiários se referiam às práticas culturais afro-descendentes, sempre um aluno ou uma aluna faziam uma intervenção preconceituosa, demonizada e pejorativa da religião e religiosidade como candomblé e umbanda. O que deve fazer um profissional de História nesses momentos? Fechar os olhos? Deixar esse conhecimento prévio sem nenhuma problematização? Ou pior ainda: reiterar essas afirmações extremamente desrespeitosas para com a cultura do Outro? Laura de Mello e Souza pode muito bem auxiliar os historiadores e historiadoras nesses momentos. Ela mostra, no livro, O Diabo e a Terra de Santa Cruz, como a Igreja Católica justificou o projeto de colonização e escravidão na América portuguesa, de tal forma que os sentidos da colonização não eram apenas econômicos, mas, também culturais. O Brasil colonial era o paraíso de brancos e o inferno dos negros. Por que os negros tinham que ir para o inferno? Consulta Laura, ela explica muito bem.

A escola e seu currículo, pelo que tenho visto, (para nem pensar na universidade!!!!), têm se encarregado de continuar essa visão de mundo dicotômica e maniqueísta de “religião de Deus” e “religião do demônio”, uma, “normal”, a outra “anormal”; uma, que “salva”, a outra, que não leva as almas ao céu, e sim, as “profundezas do inferno”. É assim que estamos tratando o multiculturalismo, nos deslocando do ofício de historiador para o trono divino do juízo final a condenar os “pecadores” e “salvar os puros”? Essas definições de norma e transgressão são naturais?

A essa altura, preciso voltar ao inicio do texto para não perder o fio da meada. Volto e não volto sozinho. Trago Geertz, Darnton, Cherryholmes, Popkewitz, Bourdieu e Stephanou comigo, já que começamos a conversa juntos.

Sei que é preciso investigar mais a fundo, fazer recortes nos tempos e espaços, ouvir os atores envolvidos no processo educacional. Muitos trabalhos poderão seguir nessa direção de uma cultura histórica cristã nas escolas ditas laicas. Vou apenas falar da minha interpretação dos signos dessa cultura que se apresentam em espaços educacionais.

Nas escolas que visitei, em sua grande maioria tinha uma estátua de Nossa Senhora ou uma Bíblia Sagrada, às vezes na sala da Direção ou dos professores, mas também na entrada central das mesmas. Numa determinada escola, obrigatoriamente, quem tiver que adentrar por ela passará em frente a uma espécie de nicho com uma imagem de nossa Senhora. É ela q recebe a todos que passar do portão de entrada. Escola é templo? E se lá tivesse uma estátua de Iemanjá, velas coloridas, perfumes e flores brancas? Ou uma pomba gira, seminua, pintada de batom com uma porção de sutiãs e calcinha ao seu lado? Ou um preto velho fumando cachimbo? Não estou propondo a inversão dos símbolos, apenas provocando para que possamos investigar mais as representações e o imaginário das religiões afro-descendentes no campo da cultura escolar.

Vejo esses símbolos cristãos nas escolas públicas como a briga de galos balinesa, porque lá, de acordo com Geertz os conflitos da comunidade apareciam nas lutas físicas dos pobres inocentes galos. Também se assemelha ao massacre de gatos interpretados por Darnton, porque na tipografia francesa do século XVIII, os trabalhadores se vingaram da exploração dos patrões pela via indireta da morte dos gatos. No meu caso, as brigas e os massacres também são simbólicos, violentam duplamente com quer Bourdieu: se afirma sobre outras religiões e crenças e oculta a face mais cruel da dominação. São simbólicos, mas são reais, se pensarmos que na Irlanda católicos e protestantes brigam mais do que galos e morrem mais do que gatos. São reais se pensarmos que no Oriente Médio, judeus e muçulmanos se atiram num ódio religioso milenar. Que terreiros de candomblé foram/ainda são perseguidos pelas forças repressivas da sociedade política. E nós, historiadores, vamos ficar morrendo de rir, como os tipógrafos de Saint Severin ao encenar o enforcamento dos gatos? Vamos permitir que o currículo ajude a manter ódio e conflitos entre os diversos, colaborando, assim com o preconceito e as guerras?

REFERÊNCIAS

LE GOFF, Jacques. História e Memória. 2 ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1992.

PAIVA, Eduardo França. História & Imagens. 2 ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2006

GEERTZ. Clifford. A interpretação das culturas. R.J., LTC editora, 1989.

DARTON, Robert – “Os trabalhadores se revoltam: O grande massacre de gatos na rua Saint-Severin)” in: O Grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural Francesa, São Paul: Graal,1988.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. 7 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

NORA, Pierre. Entre Memória e História: A Problemática dos Lugares. In: Projeto História. nº 10, 1993, p7-28.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma Introdução às Teorias de Currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

STEPHANOU, Maria. “Currículos de História: instaurando maneiras de ser, conhecer e interpretar”. In: Revista Brasileira de História, vol. 18, nº. 36, 1998, p. 15-38.

SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a terra de Santa Cruz -feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.



[1] O autor é Doutorando em História pela UFPE, Mestre em História pela UFPB e Professor do Departamento de História e Geografia da UEPB.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

GRUPO DE ESTUDO: CINEMA NACIONAL E ENSINO DE HISTÓRIA DO BRASIL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

CURSO DE HISTÓRIA


GRUPO DE ESTUDO: CINEMA NACIONAL E ENSINO DE HISTÓRIA DO BRASIL


COORDENADOR: PROF. DRNDº JOSÉ LUCIANO DE QUEIROZ AIRES


1- OBJETIVO GERAL


Fomentar um espaço de debate sobre as relações entre o cinema e a História do Brasil, buscando discutir aspectos metodológicos no tocante à utilização de filmes no ensino de História na Educação Básica.


2- JUSTIFICATIVA


Pelo que podemos concluir a partir dos relatórios de Estágio Supervisionado dos alunos da UEPB, a utilização do filme na sala de aula é bastante recorrente. Entretanto, com raras exceções, a metodologia é tradicional. Com isso, ocorrem vários problemas, a exemplo de buscar naquela linguagem algo para “ilustrar” os acontecimentos históricos como verdade absoluta, sem nenhuma leitura externa e interna do próprio documento fílmico.

Partindo do pressuposto de que a utilização do cinema na sala de aula é algo complexo, e que com isso exige uma série de leituras teórico-metodológicas e contextuais, justifico a existência desse grupo de estudo uma vez que estaremos sempre buscando pesquisar sobre a filmografia brasileira e, com isso, enfrentar os problemas na hora de planejar e operacionalizar nossas aulas.


3 PARTICIPANTES

  • Poderão participar do grupo, alunos e alunas graduandas do curso de História de diversas universidades, bem como Professores da rede pública municipal e estadual de ensino.


4 METODOLOGIA

  • Exibição de filmes;
  • Leitura de textos teórico-metodológicos;
  • Leitura de textos da historiografia brasileira relacionada com a temática abordada pela cultura cinematográfica;
  • Pesquisa sobre a história da produção do filme e seu devido contexto.
  • Debates.


5 CRONOGRAMA

  • O grupo se reunirá todas as terças feiras das 14 às 17 horas no centro de Educação (CEDUC 1). Não haverá data limite para encerrar o grupo, porém, sempre que a pesquisa e o debate avançar, pensamos em publicar um livro que possa contribuir com a renovação do ensino de História na Educação Básica, fazendo avançar o compromisso sempre importante que a universidade deve ter com a sociedade.


6-AVALIAÇÃO

  • O aluno e aluna participante será avaliado pela participação nas leituras, debates e pesquisas a serem realizadas extra sala, bem como pela sua assiduidade.


7- LISTA DE FILMES A SEREM ESTUDADOS (flexível a ajustes).

  • Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • Terra em Transe
  • Carlota Joaquina
  • Jango
  • JK
  • Olga
  • Batismo de Sangue
  • Oque é isso Companheiro?
  • Vidas Secas
  • Zuzu Angel
  • Cabra Marcado para Morrer
  • O Descobrimento do Brasil
  • Lamarca
  • Lampião, Rei do cangaço
  • Parahyba Mulher Macho
  • Anos Rebeldes
  • O Pagador de Promessas
  • Aleluia Gretcheem
  • A Pedra da Riqueza
  • Homens do Caranguejo
  • Aruanda
  • Passadouro
  • Romeiros da Guia
  • Margarida Maria Alves
  • Caramuru
  • Os Inconfidentes
  • O Quatrilho
  • Revolução de 1930
  • Lisbela, O Prisioneiro
  • Terra Estrangeira
  • Menino de Engenho
  • Rio 40 Graus
  • Macunaíma
  • Memórias do Cárcere
  • Dona Flor e seus dois Maridos
  • Xica da Silva
  • Quilombo
  • Eu sou o Servo
  • Iracema
  • A Idade da Terra
  • Conterrâneos Velhos de Guerra
  • A Guerra dos Pelados


REFERÊNCIAS

ABREU, Martha e SOIHET, Rachel (Orgs.) Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Pólvora, 2003.

AIRES, José Luciano de Queiroz.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes (Org.) O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997.

_____________Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

BURKE, Peter. A Escola dos Annales(1929-1989):A Revolução Francesa da historiografia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.

_____________ O que é História Cultural? Tradução Sérgio Góes de Paula- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

_____________ A escrita da História. 2 ed. São Paulo: Editora da UNESP, 1992.

______________ Testemunha Ocular: História e Imagem. São Paulo: EDUSC, 2004.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.

FERRO, Marc. OFilme. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (Orgs). História: Novas Abordagens. Rio de Janeiro, F.Alves, 1988.

LEAL, Willis. O Nordeste no cinema. 2ª Ed. João pessoa: Editora Universitária UFPB, 1982

LIMA, Carlos Augusto Ferreira(Org.) Ensino de História: reflexões e novas perspectivas- Salvador: Quarteto, 2004.

KARNAL, Leandro.(org.) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas- 2ª ed.- São Paulo:Contexto, 2004.

MENEZES, Ulpiano Bezerra de. Fontes Visuais, Cultura Visual, História Visual. Balanço Provisório. Revista Brasileira de História. V. 23. n. 45 São Paulo, 2003.

MORETTIN, Eduardo; CAPELATO, Maria Helena (Orgs.) História e Cinema. São Paulo: Alameda, 2007.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula-São Paulo: Contexto, 2003.

NETO, Martinho Guedes dos Santos (Org.) História Ensinada: linguagens e abordagens para a sala de aula. João Pessoa: Idéia, 2008.

PAIVA, Eduardo França. História & Imagens- Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

PESAVENTO, Sandra Jathay. Em busca de outra História: imaginando o Imaginário. Revista Brasileira de História, v. 15, nº 29, São Paulo: ANPUH, Contexto, 1995, p. 9-27.

Pinsky, Carla Bassanezi (Orgª). Novos Temas na sala de aula. São Paulo: Contexto: 2009.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

PLANO DE CURSO DE PRÁTICA II

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

CURSO DE HISTÓRIA

COMPONENTE CURRICULAR: PRÁTICA PEDAGÓGICA II

PROFESSOR: Ms. JOSÉ LUCIANO DE QUEIROZ AIRES

ANO LETIVO: 2008.2 (NOTURNO)


PROGRAMA DE COMPONENTE CURRICULAR


1-EMENTA: Em função da proposta de reformulação do Projeto Político Pedagógico do Curso de História da UEPB, em curso, assim como da incorporação do novo projeto para o Estágio Supervisionado, de orientação do Ministério da Educação, esse componente curricular se encontra com a ementa em aberto. No entanto, a área didático-pedagógica da citada instituição vem discutindo seu ementário, de modo que, nesse componente curricular a ênfase será o currículo/ensino de História na contemporaneidade e as novas linguagens para seu ensino.


2-JUSTIFICATIVA


O eixo central desse componente curricular é a sala de aula. Por isso, se faz pertinente refletirmos sobre o ensino de História na contemporaneidade, buscando compreender as rupturas e permanências na trajetória dessa disciplina escolar no Brasil. Se pensarmos na longa duração, podemos perceber que durante quase dois séculos, a História-conhecimento esteve a serviço da construção da identidade nacional, da legitimação de regimes políticos, da hegemonia dos grupos sociais dominantes, assim como da valorização do homem branco, livre, cristão e heterossexual, como o “civilizado”, em detrimento do Outro, considerado “selvagem”, se constituindo em uma visão ideologizante do eurocentrismo.

Esse modelo de História conhecimento, por muitos denominado de “positivista”, passou a ser questionado, no âmbito do currículo brasileiro, no final dos anos 1980 no contexto da crise do regime militar e da emergência da “redemocratização”, quando a historiografia brasileira se renovava, em meio a crise paradigmática da modernidade e a reviravolta epistemológica advinda.

E hoje, por que estudar História? Essa indagação é bastante importante para que a nossa prática pedagógica tenha sentidos de existência. Compreender o ensino de História em sua historicidade é fundamental para fazermos a articulação currículo-poder(es), para problematizarmos a relevância da permanência da História-conhecimento no currículo do século XXI, e ainda, para que possamos ressignificar muitas práticas da cultura escolar, além de procurar rever aspectos teórico-metodológico, político e ideológico que permeiam um ensino de Historia para esse inicio de século.

Nosso curso não priorizará apenas uma vertente teórica, será conduzido sempre visando olhares múltiplos, primando pelo caráter da diversidade. Faz-se importante sugerir leituras diversas, interpretações variadas, sem preconceito com autores ou concepções de História para, assim, oferecer possibilidades de escolhas e autonomia na formação do historiador.

Num primeiro momento, iremos discutir a trajetória histórica da disciplina História buscando compreender as relações saber-poder(es), os objetivos da sua institucionalização no currículo escolar, os aspectos teórico-metodológicos que lhe permearam e as rupturas e permanências no debate sobre propostas curriculares para o Brasil na virada do século XX para o XXI. Iremos trabalhar a questão do profissional de História para o século XXI, propondo uma discussão sobre o ofício do historiador no âmbito da socialização do conhecimento e procurando discutir aspectos concernentes à formação inicial e continuada. Posteriormente, enfocaremos as “novas” linguagens no ensino de História, buscando novas metodologias para a prática escolar, tornando o ensino de História mais prazeroso, ao mesmo tempo em que procuraremos ampliar a noção de documento histórico e as várias representações neles contidos. Para finalizar nosso curso, faremos um breve debate sobre livro didático, planejamento e avaliação, pensando na especificidade da História e com vistas, tanto ao Estágio Supervisionado quanto a prática pedagógica que empreenderão como futuros professores/pesquisadores de História.

Durante a III UNIDADE, iremos discutir fundamentos teórico-metodológicos relacionados às “novas” linguagens, ao mesmo tempo em que discutiremos possibilidades e limites da utilização dessas na Educação Básica. Nesse momento, iremos trabalhar algumas músicas, filmes, charges, pinturas, cordéis, sempre procurando fomentar um planejamento inovador, tanto para o Estágio Supervisionado quanto para a sua prática docente.


3-OBJETIVO GERAL: Proporcionar discussões teórico-metodológicas que aprimorem os conhecimentos específicos da história-conhecimento, articulando-os às necessidades do ensino de história nos níveis fundamental e médio.


4-OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


4.1-Problematizar a disciplina História no currículo brasileiro, buscando compreender as articulações entre esse saber e o(s) poder(es), bem como, analisar as continuidades e descontinuidades em sua historicidade;

4.2-Discutir as diversas propostas para um ensino de história na contemporaneidade, articulando a discussão teórico-metodológica com a prática cotidiana nas escolas;

4.2-Reconhecer a diversidade de materiais didáticos, suas linguagens, concepções e usos;

4.3-Entender a importância da discussão teórica sobre planejamento e avaliação, para a elaboração do planejamento de ensino na sua prática pedagógica cotidiana.


5-CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS


I UNIDADE

A HISTÓRIA DO ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL

· O nascimento da História como disciplina escolar, a co-irmã gêmea da “História científica”.

· O ensino da História no contexto da República Brasileira: continuidades e descontinuidades.

· A “Era do Rádio” e o ensino de História: um currículo censurado, uma História vigiada.

· Ensino de História e nacionalismos.

· O currículo de História no Brasil: formando identidades e subjetividades.


II UNIDADE


CURRICULO/ENSINO DE HISTÓRIA NA CONTEMPORANEIDADE: “NOVAS” TEMÁTICAS E “NOVAS” ABORDAGENS.

· O profissional de História para o século XXI: o que ensinar e para que ensinar História hoje?

· A invenção do patrimônio e a memória nacional.

· Da “pedra e cal” ao patrimônio cultural de hoje: por uma educação patrimonial.

· Desnaturalizando papéis: gênero e história das mulheres na Educação Básica.

· Cidadania e ensino de História: formando um cidadão crítico?

· Da identidade nacional moderna às identidades plurais da pós-modernidade.

· Cultura popular: historicizando um conceito e buscando propostas pedagógicas.

· Por uma nova história política no ensino fundamental e médio.


III UNIDADE


“NOVAS” LINGUAGENS NO ENSINO DE HISTÓRIA: RECURSOS E METODOLOGIAS

· Pintando o Brasil do jeito que quer: imagens históricas dos livros didáticos.

· As lentes e a pretensão do real: fotografia, História e ensino de História.

· A linguagem humorística e o ensino de História: HQS, charges e caricaturas.

· A História contada em versos: literatura de cordel e a sala de aula.

· “Luz, câmera, ação!”: os usos do cinema na sala de aula.

· Como utilizar TV e periódicos na sala de aula?

· Representações musicais, História e ensino de História.

· História local e História oral: possibilidades de pesquisas na sala de aula.

· Literatura e ensino de História.


IV UNIDADE


METODOLOGIA, LIVRO DIDÁTICO, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.

· Conteúdos históricos: como selecionar?

· Procedimentos metodológicos em práticas interdisciplinares.

· Livros e materiais didáticos de História.

· Planejando e avaliando na aula de História.


6-METODOLOGIA/RECURSOS

· Aulas expositivas dialogadas. A cada aula, o aluno deverá entregar um fichamento de leitura dos textos;

· Seminários temáticos (II UNIDADE);

· Trabalho individual e de grupo;

· Na III UNIDADE, as aulas serão realizadas pensando as “novas” linguagens, partindo da discussão teórico-metodológica para o fabrico de propostas pedagógicas utilizando o cinema, a música, as HQS, charges, oralidades, pinturas fotografias, utilizando os devidos recursos necessários.


7-AVALIAÇÃO


O processo de avaliação consistirá em evidenciar o aproveitamento global no curso. Para isso, serão considerados os seguintes instrumentos: trabalhos individuais e em grupos, participação efetiva nas atividades propostas, pontualidade na entrega dos trabalhos, realização e discussão das leituras dos textos e livros indicados. Também serão realizadas provas escritas.


8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ABREU, Martha e SOIHET, Rachel (Orgs.) Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Pólvora, 2003.

ABUD, Kátia. Formação da Alma e do Caráter Nacional: Ensino de História na Era Vargas. Revista Brasileira de História. v. 18, nº 36, São Paulo, 1998.

____________ O Ensino de História como fator de coesão Nacional. Revista Brasileira de História. nº 23/26, São Paulo, 1992/1993.

AIRES, José Luciano de Queiroz. Inventando tradições, construindo memórias: a “Revolução de 30” na Paraíba. Dissertação (Mestrado em História)- Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa: mimeo, 2006.

ALVES, Nilda e SGARBI, Paulo (Orgs.) Espaços e imagens na Escola- Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

ALMEIDA, Maria das Graças Ataíde. Estado Novo: Projeto Político Pedagógico e a construção do saber. Revista Brasileira de História nº 33, São Paulo, 1997.

Anais do VI Encontro Nacional Perspectivas do ensino de História, UFRN, 2007.

BARBOSA, Alexandre. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes (Org.) O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997.

_______________________________________ Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

_______________________________________ Pátria, Civilização e Trabalho: o ensino de História nas escolas paulistas (1917- 1939). São Paulo: Loyola, 1990.

BOMENY, Helena. (Org.) Constelação Capanema: intelectuais e políticas. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001.

BORGES, Maria Eliza Linhares. História & Fotografia- Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

CABRINI, Conceição. (Org.) Ensino de História: revisão urgente. São Paulo: EDUC, 2000.

CADERNOS DE HISTÓRIA v. 6. nº 6, Uberlândia, MG: UFU/DH/LEAH. 159 p.

CALLAI, Helena e ZARTH, Paulo. O estudo do município e o ensino de história e Geografia. Ijuí, RS: UNIJUI, 1988.

CASTELO BRANCO, Uyguaciara Veloso. A Construção do mito do “Meu Filho Doutor”: Fundamentos Históricos do Acesso ao ensino Superior no Brasil. Paraíba. João Pessoa: UFPB/Editora Universitária, 2005.

CERRI, Luís Fernando. Regionalismo e Ensino de História. Revista de História Regional. v. 1, nº 1, São Paulo,1996.

CHIAPPINI, Lígia(Org.). Aprender e ensinar com textos- 5ª ed- São Paulo:Cortez, 2002.

COSTA, Marisa Vorraber (Org.) Currículo nos limiares do contemporâneo. / 3ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

CURY, Cláudia Engler. O papel dos Intelectuais na configuração da Brasilidade e das Políticas de Educação: Cultura nos anos trinta do século XX. Revista Educação em Foco. v. 7. nº 2. set./fev. 2002/2003.

D’ALÉSSIO, Márcia Mansor. Memória: leituras de M.Halbwachs e P. Nora. Revista Brasileira de História. ANPUH, nº 25/26: São Paulo, 1993, p.97-103.

DÂNGELO, Newton. Ouvindo o Brasil: O ensino de História pelo rádio. Revista Brasileira de História. Nº 33, São Paulo, 1997.

DEBATES REGIONAIS. História: pesquisa e ensino. João Pessoa:UFPB/NDIHR, nº 1, 1993.

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DIONISIO, Ângela Paiva, MACHADO, Anna Rachel e BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.) Gêneros textuais & ensino- Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2002.

FLORES, Elio Chaves e BEHAR, Regina(orgs.) A formação do Historiador: Tradições e descobertas- João Pessoa:Editora Universitária, 2004.

FONSECA, Thais Nívia de Lima. História e ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História Ensinada. Campinas, SP:Papirus, 1993.

FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e Sociedade. São Paulo: EDART, 1977.

FONTANA, Joseph. História depois do fim da História. Bauru, São Paulo: EDUSC, 1998.

GONÇALVES, Regina Célia. A História e o oceano da memória: algumas reflexões. Revista Saeculum UFPB, nº 4/5,1999, p 13-39.

GONÇALVES, Regina Célia e CITTADINO, Monique. Historiografia em diversidade: Ensaios de História e Ensino de História. Campina Grande: EDUFCG, 2008.

LENSKIJ, T e HELFER, N. A Memória e o ensino de História. Sta. Cruz do Sul, EDUNISC, 2000.

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PLANO DE CURSO DE ESTÁGIO II

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

CURSO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

PROFESSOR: Ms. JOSÉ LUCIANO DE QUEIROZ AIRES

ANO LETIVO: 2008.2

PROGRAMA DE DISCIPLINA


1-EMENTA: Em função da proposta de reformulação do Projeto Político Pedagógico do Curso de História da UEPB, em curso, assim como da incorporação do novo projeto para o Estágio Supervisionado, de orientação do Ministério da Educação, esse componente curricular se encontra com a ementa em aberto. No entanto, a área didático-pedagógica da citada instituição vem discutindo seu ementário, de modo que, nesse componente curricular a ênfase será o planejamento, a observação e a regência do estagio no Ensino Médio.


2- JUSTIFICATIVA


Planejar uma aula, operaconalizá-la, não é tão simples. Exige do profissional uma variedade, complexa, de competências e habilidades. De todo modo, não é assim que ocorre na cultura escolar, salvas as devidas exceções. Em geral, prevalece uma concepção tradicional de educação, de currículo e de História. Sendo assim, podemos perceber, no cotidiano escolar, continuidades, tais como: uma concepção mecânica de transmissão de conhecimento, os métodos de memorização mecânica, a reiteração de mitos e estereótipos da cultura histórica, as avaliações em perspectivas tradicionais, dentre outras.

Entretanto, no decorrer desse curso iremos problematizar essas permanências in lócus, articulando o debate teórico com a experiência do Estágio Supervisionado. Ao mesmo tempo, objetivamos uma intervenção na escola, planejando e executando aulas no nível Médio. Para isso, é preciso fazer uma gama de leituras teórico-metodológica e historiográfica. Sem elas o gesto do planejar não passará de mera questão técnico-burocrática, muitas vezes, reproduzindo o sumario do livro didático adotado pela escola e, assim, naturalizando o currículo de História.

O professor/pesquisador precisa ler, precisa conhecer as reviravoltas epistemológicas do conhecimento histórico, precisa está consciente das relações entre currículo e relações de poderes. E mais: acompanhar os diversos objetos de estudos pelos vários ângulos historiográficos, procurando, assim, fugir de uma visão conteudista de ensino. Os diversos teóricos, se não devem ir às aulas do ensino Médio de modo direto, certamente devem está presentes indiretamente no momento em que colocamos a mão na massa para fabricar uma aula. No decorrer desse curso vamos fazer um pouco esse papel de artesão/construtor do saber histórico, procurando fugir da concepção de saber pronto e acabado para, desse modo, pensar as possíveis inclusões e exclusões curriculares que atenda as demandas de uma sociedade complexa.

Planejar implica em questões políticas, mexe com as subjetividades. Não há neutralidade alguma no processo de ensino, pelo contrário, intencionalidades, desejos e enfrentamentos. Portanto, é preciso enfrentarmos esse debate e que, ao mesmo tempo, possamos fazer aulas que atendam aos tempos da contemporaneidade, tragam sentidos relevantes ao mundo dos/as alunos/as, procurando vencer uma visão estreita e mesquinha que compreende o Ensino Médio como a “fase preparatória” para o vestibular.

Mãos à obra!!! Vamos lá. Vamos ler. Vamos pesquisar. Para, daí, pensar em dar nossas aulas.


3-OBJETIVO GERAL: Discutir os aportes teórico-metodológicos que norteiam o Ensino de História, buscando planejar e operacionalizar o Estágio supervisionado no Nível Médio.


4-OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


4.1- Realizar diagnose da escola;

4.2- Elaborar Planos de unidade e de aula objetivando o Estágio Supervisionado;

4.3- Apresentar aulas no Ensino Médio;

4.4- Confeccionar o Relatório Final da disciplina.

4.5- Discutir aspectos teórico-metodológicos e historiográficos visando o planejamento e a execução de oficinas aulas durante o estágio.


5-CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS


I UNIDADE

Observação do cotidiano escolar no nível Médio.

Elaboração do Planejamento para o estágio.

TEMÁTICAS A SEREM DISCUTIDAS

  • A formação do Profissional de História para o século XXI;
  • A “crise” paradigmática: o fim das metanarrativas?
  • ·Currículo: ideologia e/ou discurso?
  • Planejar o ensino de História: apenas uma questão técnico-burocrática?
  • ·Avaliar: como fazer além da prova? Que prova?
  • ·Livro didático de História: “mocinho” ou “vilão”? Para além de uma visão maniqueísta?
  • ·O Ensino Médio e os Referenciais Curriculares contemporâneos. (Nacional e estadual)
  • ·Contra o Eurocentrismo: os Estudos Culturais, as Teorias Pós-Coloniais e a educação histórica.
  • ·Fundamentos teóricos da História e o ensino no nível Médio.
  • ·Ensino Temático no nível Médio.
  • “Novos objetos” no Ensino de História: cultura popular, gênero, a questão étnico-racial, “homossexualidade”, morte, amor, família, infância, vida privada, etc.
  • História da África e o ensino de História
  • ·Religiões, religiosidades e currículo.
  • ·“A disneyzação da cultura infantil”.


II UNIDADE

Observação do cotidiano escolar no nível Médio.

Elaboração do Planejamento do Estágio

TEMÁTICAS A SEREM DISCUTIDAS

“NOVAS” LINGUAGENS NO ENSINO DE HISTÓRIA: RECURSOS E METODOLOGIAS

  • · Pintando o Brasil do jeito que quer: imagens históricas dos livros didáticos.
  • As lentes e a pretensão do real: fotografia, História e ensino de História.
  • ·A linguagem humorística e o ensino de História: HQS, charges e caricaturas.
  • A História contada em versos: literatura de cordel e a sala de aula.
  • · “Luz, câmera, ação!”: os usos do cinema na sala de aula.
  • ·Como utilizar TV e periódicos na sala de aula?
  • Representações musicais, História e ensino de História.
  • História local e História oral: possibilidades de pesquisas na sala de aula.
  • ·Literatura e ensino de História.


III UNIDADE

Estágio Supervisionado.


IV UNIDADE

Escrita do Relatório.


6-METODOLOGIA

Leituras e discussões dos textos; encontros com o Orientador; elaboração de planos de unidade e de aula; observação e oficinas aulas.


7-AVALIAÇÃO

O processo de avaliação consistirá em evidenciar o aproveitamento global no curso. Para isso, serão considerados os seguintes instrumentos: participação efetiva nas atividades propostas, pontualidade na entrega dos trabalhos e elaboração do relatório final.


8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ABREU, Martha e SOIHET, Rachel (Orgs.) Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Pólvora, 2003.

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